tag:blogger.com,1999:blog-3673163406871630342024-03-19T00:45:00.017-03:00Entre ofiúros e poliquetasanaluhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.comBlogger64125tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-36696734901989037702013-09-05T20:09:00.001-03:002013-09-06T00:22:26.696-03:00Ele dragão, eu passarinho<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdMUfZ2vkDRg2xigUxniFTSi9ND8_VRmI7sCK2vu7EgRbcmpqAMd5RIH1KA8ZY2GvpyqxNBeWmOCDutyAuAg-7qSrXGGLwVAsLonIrHGepnK84uEHHaxYzqjgAK48slrAxATWa0gSZ0nU/s1600/8440fb8906.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdMUfZ2vkDRg2xigUxniFTSi9ND8_VRmI7sCK2vu7EgRbcmpqAMd5RIH1KA8ZY2GvpyqxNBeWmOCDutyAuAg-7qSrXGGLwVAsLonIrHGepnK84uEHHaxYzqjgAK48slrAxATWa0gSZ0nU/s200/8440fb8906.gif" width="197" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Meu primeiro gif :)</td></tr>
</tbody></table>
Uma vez tive que substituir um professor em uma aula para a 4a série. Até então, a última vez que eu tinha estado em uma sala de 4a série era quando eu estava na 4a série... Achei que seria fácil, afinal, para quem está acostumada com o ensino médio, nada deve ser difícil. Preparei uma atividade simples: eles deveriam desenhar um passarinho de um lado do papel e uma gaiola do outro. Depois colaríamos o papel em um palito e ao girá-lo o passarinho fica dentro da gaiola. Pronto! Física é mágica! E todos ficariam felizes!!!<br />
<br />
Antes de terminar a explicação já veio a primeira pergunta:<br />
- Pode fazer de canetinha?<br />
- Pode.<br />
E não parou mais:<br />
- Pode pintar de lápis de cor?<br />
- Pode.<br />
Eles falavam todos ao mesmo tempo, que eu mal conseguia responder. Quando percebi, eu estava: "pode", "pode", "pode"...<br />
- E de giz de cera?<br />
- Pode.<br />
- Eu não quero pintar.<br />
- Mas precisa.<br />
- Pode desenhar um beija-flor?<br />
- Pode.<br />
- E um urubu, pode?<br />
- Pode.<br />
- Eu quero desenhar uma borboleta, pode?<br />
<br />
E foi aí que tudo começou:<br />
- Pode - e eu não imaginava onde aquela palavra iria me levar...<br />
- E um cachorro?<br />
- Não, cachorro não. - eu precisava dizer "não" alguma hora.<br />
- Ah, mas ela pode desenhar uma borboleta.<br />
- É porque borboleta voa - consegui pensar rápido. Não poderia parecer que eles tinham me vencido...<br />
<br />
Resolvi tomar as rédeas:<br />
- Só pode desenhar bicho que voa. Tem que caber no papel e tem que ser bem colorido. - pronto. isso iria me render alguns minutos. Engano.<br />
- Pode desenhar avião?<br />
- Avião é bicho? Não. Então, não pode.<br />
- E rola-bosta, pode?<br />
- Oi?<br />
- Rola-bosta.<br />
- O que é isso, menina?! - respondi com cara de brava. afinal, não pode falar palavrão na aula...<br />
- É um besouro, professora. Pode?<br />
- Ele voa?<br />
- Voa.<br />
- Então pode.<br />
- E um dragão? Pode?<br />
- O dragão voa?<br />
- Claro! - eu tenho certeza que nessa hora ele pensou "estúpida"...<br />
- Então pode.<br />
<br />
Consegui, enfim, terminar a atividade. Todos tinham ficado felizes. E vieram, ao mesmo tempo, me mostrar como tinha dado certo. Foi uma enxurrada de fofura. Só um garoto que estava no canto da classe, emburrado. Eu fui até ele, que disse, com voz de choro.<br />
- Professora, porque você deixou desenhar um dragão?<br />
- Porque ele voa. - ué? não era essa a regra?<br />
O menino parou, me olhou e disse:<br />
- Mas ele vai quebrar a gaiola!<br />
<br />
Delícia ser professora!analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-6163318793235682282012-07-22T21:54:00.000-03:002012-07-22T21:58:02.712-03:00São, são paulos.<br />
Entre PMs, trânsito alagamento, nos esquecemos, ou preferimos não olhar para a cidade. Parece que vale, o que os olhos não vêem o coração não sente. O problema é que, pelo menos nesse caso, isso não é verdade. E quanto menos olhamos para fora, quanto menos percebemos a cidade, mais ficamos isolados. É isso que deixa o coração cinza.<br />
Por isso sempre é bom sair desse lugar. Se comportar como turista na capital paulista para lembrar que São Paulo é uma cidade bonita.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAx1X3C14BTngowScAGStCG_TkUIRvcsRSfDnvlYIWVT7_wDOXVt5Pvha9yODh1hj172cE8FaTU6gQ-ANg8IKT2CM6nyUmUpaorJvqDgtYdDzUaXDMXTsMF9se2KUk7QoVE68Yv7II8Ew/s1600/P1040930.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAx1X3C14BTngowScAGStCG_TkUIRvcsRSfDnvlYIWVT7_wDOXVt5Pvha9yODh1hj172cE8FaTU6gQ-ANg8IKT2CM6nyUmUpaorJvqDgtYdDzUaXDMXTsMF9se2KUk7QoVE68Yv7II8Ew/s320/P1040930.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
Em ano de eleição, pode nos ajudar a tomar decisões mais acertadas. E que vale a pena cuidar e ocupar essa cidade.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiiEQCvjnn4rtf1YL3l8hX6vaDumif0OZyKcEiCZ3x6hue5QXB5oOBYAZsHE_Z8f8sbjpZ9tl0GqrLdmdcU9kcP5oFJrRm_8UtUczT_9YQYGNP_j3U9JxKRIrRI7jEgpQDxR4Ce14gNmU/s1600/P1040866.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiiEQCvjnn4rtf1YL3l8hX6vaDumif0OZyKcEiCZ3x6hue5QXB5oOBYAZsHE_Z8f8sbjpZ9tl0GqrLdmdcU9kcP5oFJrRm_8UtUczT_9YQYGNP_j3U9JxKRIrRI7jEgpQDxR4Ce14gNmU/s200/P1040866.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Masp</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrJTfmlJZTd-fQeQhQQSkuv-RvdH7A28FkLy9mrVOhHKQJ4QYlJJ0-VErUjrMZA2BRLfcA9hTk-dxViKd8Q9GAcKorQLoXVwsIJfu_Ya0nol9p_HQT48x8yUxSmXRe7GGCWiv-synEogw/s1600/P1040872.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrJTfmlJZTd-fQeQhQQSkuv-RvdH7A28FkLy9mrVOhHKQJ4QYlJJ0-VErUjrMZA2BRLfcA9hTk-dxViKd8Q9GAcKorQLoXVwsIJfu_Ya0nol9p_HQT48x8yUxSmXRe7GGCWiv-synEogw/s200/P1040872.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Parque Trianon</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZMZDIAQUQPuZv4BzUIX3o-WobvsSfSmDn3f3xzgkrasW1x_8ioD1BYPLpGBtiqSaxDJYk6OFVXctG676oo2gOuq60mw_qqs8YVZi3zu0_vXpioaHvzrvOS6o61kblSvkBRooRdW5BhKc/s1600/P1040887.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZMZDIAQUQPuZv4BzUIX3o-WobvsSfSmDn3f3xzgkrasW1x_8ioD1BYPLpGBtiqSaxDJYk6OFVXctG676oo2gOuq60mw_qqs8YVZi3zu0_vXpioaHvzrvOS6o61kblSvkBRooRdW5BhKc/s200/P1040887.JPG" width="150" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Avenida Paulista</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifyAi5h0jEQigo8XPIOstUYR_sCQqnHZMw1ecBT6dMmfC-XGseZrO2AYWt9TUpou1JQJ2mez7gbjE7NA-qqNZN7WNx2L1H5gjtlg7cc4lWYZlRca2eIVgkDIbWvGKs5MMX1r5vyv9oxZs/s1600/P1040891.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifyAi5h0jEQigo8XPIOstUYR_sCQqnHZMw1ecBT6dMmfC-XGseZrO2AYWt9TUpou1JQJ2mez7gbjE7NA-qqNZN7WNx2L1H5gjtlg7cc4lWYZlRca2eIVgkDIbWvGKs5MMX1r5vyv9oxZs/s200/P1040891.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Casa das Rosas</td></tr>
</tbody></table>
Na última quarta-feira de cinzas resolvi experimentar uma cidade diferente. Andei pela Paulista acompanhada de um audioguia (que pode ser encontrado <a href="http://www.corporastreado.com/anonimos" target="_blank">aqui</a>). E foi incrível olhar a cidade com um novo olhar. Perceber o verde que ainda existe, olhar as formas, as cores, e as pessoas da cidade. Recomendo o passeio, que começa no conjunto nacional e termina na Casa das Rosas. O trajeto dura cerca de uma hora, caminhando devagar.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Nessa perspectiva, resolvi aproveitar o final das férias e re-encontrar o centro. Nunca tinha ido na Estação da Luz. Aproveitei esse desvio da minha personalidade e fiz o pacote: estação-parque da luz-museu da língua portuguesa. Tudo isso só de tarde.Você pode inserir nesse roteiro a <a href="http://www.pinacoteca.org.br/pinacoteca/" target="_blank">Pinacoteca</a>, que é pertinho e certamente vale a visita.<br />
O parque é realmente bonito. E tem um aquário para visitas.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDX93jgW6vDm_ZF7nhlJQqGnA9VnnEthNjSoOLGctDEa3Qjq02RMZX_9n4eA3gkBLaIsFh8pDGO92-exZyKFN5koD41nEsbEaNlwxiKVjtUFAf6gjHiBB0l2HwomyhdmxoDx3Gtd-MmJo/s1600/P1040924.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDX93jgW6vDm_ZF7nhlJQqGnA9VnnEthNjSoOLGctDEa3Qjq02RMZX_9n4eA3gkBLaIsFh8pDGO92-exZyKFN5koD41nEsbEaNlwxiKVjtUFAf6gjHiBB0l2HwomyhdmxoDx3Gtd-MmJo/s200/P1040924.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Parque da Luz</td></tr>
</tbody></table>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZ2FHCW37GdtFJPLUjs2AhT4hDgwjd48PqYB9YbkpIpkfKczAvCGY5-PT-OLvi0LdnIhn-_LjkTepXHaaoKb5EIL2PAI_YdR_pgmn8kBjUZbfVUlZN9BuPQTZTdGF-oTWw1I26qARyIqU/s1600/P1040928.JPG" imageanchor="1" style="background-color: white; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZ2FHCW37GdtFJPLUjs2AhT4hDgwjd48PqYB9YbkpIpkfKczAvCGY5-PT-OLvi0LdnIhn-_LjkTepXHaaoKb5EIL2PAI_YdR_pgmn8kBjUZbfVUlZN9BuPQTZTdGF-oTWw1I26qARyIqU/s200/P1040928.JPG" width="200" /></a><br />
<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMUxhuWgK_kNa6tMrgGMII80Xtpp-88RpB4pMxZXm7dvY6TWJKcIjHjet0YKxHh6oigZWF65PzXdyOdfmGcZc2fniNfxKp7wMDKDFnUSSmMajjsBT-BBtStY9eoaNNtqTc2Lp83dzDEK8/s1600/P1040931.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMUxhuWgK_kNa6tMrgGMII80Xtpp-88RpB4pMxZXm7dvY6TWJKcIjHjet0YKxHh6oigZWF65PzXdyOdfmGcZc2fniNfxKp7wMDKDFnUSSmMajjsBT-BBtStY9eoaNNtqTc2Lp83dzDEK8/s200/P1040931.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Estação da Luz e entrada do museu</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhufuDWbTpoPW_ZEhzDq7dgXkT2oSHpKKXWUm9h7-SbbdSMY1UBy7T8lWL9D5rgYTxOagsofjJ2Nkhm1QGn8amf3ZuWVi5UkDqjk8zNHQrCjqNJeccHRDFd5k7V3fEvBX4UVoFd1-dnBsI/s1600/P1040937.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhufuDWbTpoPW_ZEhzDq7dgXkT2oSHpKKXWUm9h7-SbbdSMY1UBy7T8lWL9D5rgYTxOagsofjJ2Nkhm1QGn8amf3ZuWVi5UkDqjk8zNHQrCjqNJeccHRDFd5k7V3fEvBX4UVoFd1-dnBsI/s200/P1040937.JPG" width="150" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jorge Amado</td></tr>
</tbody></table>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJsmX9M4kU8taWXghCPKepym38XH49mQSa-_hDLJRhyphenhyphenpHSUg5ySDdpMHGc8Wq9ydlawxZe1iuLd4btJU7uPaQ8B7xq9dI2YUtghPnWEXWUf9zpRvHWmEbrTIvU2jdWoCbN3AQIE775c94/s1600/P1040935.JPG" imageanchor="1" style="background-color: white; clear: right; display: inline !important; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJsmX9M4kU8taWXghCPKepym38XH49mQSa-_hDLJRhyphenhyphenpHSUg5ySDdpMHGc8Wq9ydlawxZe1iuLd4btJU7uPaQ8B7xq9dI2YUtghPnWEXWUf9zpRvHWmEbrTIvU2jdWoCbN3AQIE775c94/s200/P1040935.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mais Jorge</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<br />
<br />
<span style="background-color: white;"><br /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span><br />
<br />
<span style="background-color: white;"><br /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span><br />
<span style="background-color: white;"><br /></span><br />
Faça as pazes com o cinza você também:
<br />
<span style="background-color: white;"><br /></span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;"><br /></span><br />
<a href="http://masp.art.br/masp2010/" style="background-color: #f3f3f3;" target="_blank">Museu de arte de São Paulo</a><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;">Avenida Paulista, 1578 - São Paulo - SP</span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;">Telefone (55 - 11) 3251-5644 / Fax (55 - 11) 3284-0574</span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;">Próximo à estação do metrô Trianon-MASP</span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;">De terça a domingo: das 11h às 18h (bilheteria aberta até 17h30)</span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;">Ingressos: o ingresso integral custa R$15,00 e dá direito a visitar todas as exposições em cartaz no dia da visita.</span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;"><br /></span><br />
<a href="http://www.casadasrosas-sp.org.br/" style="background-color: #f3f3f3;" target="_blank">Casa das Rosas</a><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;">Av. Paulista, 37</span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;">De terça-feira a sábado, das 10 às 22 horas; domingos e feriados, das 10h às 18h</span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;">(passível de alteração, de acordo com a programação).</span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;">Tel.: (11) 3285-6986 / (11) 3288-9447</span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;"><br /></span><br />
<a href="http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/parques/regiao_centrooeste/index.php?p=5757" target="_blank"><span style="background-color: #f3f3f3;">Parque da Luz</span></a><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;">Rua Ribeiro de Lima, 99 / Praça da Luz, s/n - Bom Retiro - tel:11 3227-3545</span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;">De terça a domingo, das 9h às 18h</span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;">obs: o parque abre às 5h para atividades físicas</span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;"><br /></span><br />
<a href="http://www.poiesis.org.br/mlp/index.php" target="_blank"><span style="background-color: #f3f3f3;">Museu da Lingua Portuguesa</span></a><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;">Praça da Luz, s/nº</span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;">Centro - São Paulo - SP</span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;">(11) 3326-0775</span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;">De terça a domingo, das 10h às 18h. (bilheteria aberta até 17h00)</span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;">Ingressos: R$ 6,00</span><br />
<span style="background-color: #f3f3f3;">(Estudantes com carteirinha pagam meia-entrada. Professores da rede pública com holerite e RG, crianças até 10 anos e adultos a partir de 60 anos não pagam ingresso. Aos sábados, a visitação ao museu é gratuita.)</span>analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-42117244518118225792012-01-06T14:18:00.000-02:002012-01-06T14:18:15.966-02:00Antes que os céus caiam sobre nossas cabeças<span style="font-family: inherit;">Foram 12 dias de viagem sem nenhum acontecimento extravagante. Quer dizer, eu tinha escolhido entender os dois sapatos destruidos apenas como "coincidência"... Mas, ultimamente os céus têm me mandado avisos. E eu não deveria ter ignorado este: nínguem deve sair de casa sem sapatos.</span><br />
<br />
<span style="font-family: inherit;">E depois de combustível <a href="http://entreofiurosepoliquetas.blogspot.com/2011/01/familia-buscape-vai-europa.html">errado em Portugal</a>, <a href="http://entreofiurosepoliquetas.blogspot.com/2011/01/la-policia-soy-yo-ou-as-pessoas-e-suas.html">briga no aeroporto em Madri</a>, correr atrás de ladrão em Genebra, levar murro de <a href="http://entreofiurosepoliquetas.blogspot.com/2011/10/mi-buenos-aires-querido_19.html">argentina</a>, 2011 seria só uma prévia. O melhor ainda estava por vir. E a viagem para a Itália não seria monótona...</span><br />
<br />
<span style="font-family: inherit;">Chegamos em Campobasso, que fica na região de Molise, meio centro-sul da Itália. Tudo certo para irmos até a cidade da vó, Colle d'anchisce. Gps a postos e muitos casacos porque fazia frio, frio, muito frio.</span><br />
<br />
<span style="font-family: inherit;">Eram 16 km até a cidadezinha da vó, que fica no alto de uma montanha. A temperatura caia a cada quilômetro, 11°C, 7°C. 3°C, chegamos. O lugar era lindo! 1°C.</span><br />
<br />
<span style="font-family: inherit;">Acabou? Era isso? Vamos voltar? É por essa estrada mesmo? O gps está certo?</span><br />
<br />
<span style="font-family: inherit;">Continuamos um pouco e a estrada começou a ficar um pouco sinistra. Mais sinistra. P-a-v-o-r-o-s-a. Era impossível fazer retorno: barranco de um lado e despenhadeiro do outro.</span><br />
<br />
<span style="font-family: inherit;">Então começou a chover. Mas estava frio, frio, muito frio. Peraí. Aquilo não era chuva: ESTAVA NEVANDO! Ok. Sem pânico. O gps ainda estava funcionando. Até que veio aquela maldita voz: “assim que possivel faça retorno". COMO?! Ela não estava vendo que era impossível fazer retorno? Ela viu. E de repente éramos um pontinho num mapa amarelo sem estrada. Estávamos no meio do nada. No frio, na neve, no despenhadeiro sem mapa nem gps, nem nada tinha na estrada. Agora sim: vamos morrer.</span><br />
<br />
<span style="font-family: inherit;">Como não tínhamos opção, seguimos, buraco por buraco até chegar na estrada. Pelo menos a neve tinha parado.</span><br />
<br />
<span style="font-family: inherit;">Ufa! Estávamos salvos! Mas... Era isso mesmo? O pneu estava furado. Encosta. Desce, tira o macaco, o estepe, chave de boca, chave de roda e... começa nevar de novo...</span><br />
<br />
<span style="font-family: inherit;">Foi assim que eu vi nevar pela primeira vez. E mesmo com a mão cheia de graxa, no meio de uma estrada perdida pela Itália não foi possível não me emocionar.</span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5pMKoxIW8S7Ve3mAsTqfRZ-rlVCAEWNapIuHBMwRSNcItqkN4ozpGlEHS0FQvoFy3CxokOsGpUgbLku9rgNH-eSnUMKK1p4Ta95UQFIcCcu0wfPy0vK15NGzOTdOW7eYvvDffDOs-S0M/s1600/neve.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="265" rea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5pMKoxIW8S7Ve3mAsTqfRZ-rlVCAEWNapIuHBMwRSNcItqkN4ozpGlEHS0FQvoFy3CxokOsGpUgbLku9rgNH-eSnUMKK1p4Ta95UQFIcCcu0wfPy0vK15NGzOTdOW7eYvvDffDOs-S0M/s400/neve.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Em cinco minutos estava tudo branco...</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-84094925557221732842011-11-24T13:30:00.000-02:002013-09-06T19:24:46.035-03:00Jade e Jorge<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;">Quando eu entrei na
academia "só para conhecer" e vi que era ela quem iria me atender
quase-quase fui embora. Jade é dessas meninas que de tão bonitas ficamos com
raiva, principalmente quando estamos com a auto-estima reduzida a ponto de procurar
uma academia.</span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">
Não desisti e ela me convenceu, parecia que me conhecia e sabia o que eu queria
ouvir. Depois disso, passou a me ligar quando eu faltava na ginástica e quando
que eu ia, conversávamos. Ela sabia o que eu gostava, perguntava do meu trabalho e
contava um pouco da sua vida também, que tinha entrado na faculdade… Eu sabia
que esse era o trabalho dela, mas não ligava. Gostava disso, na verdade. Um dia, cheguei na
ginástica e ela não trabalhava mais lá. Tinha ido embora assim, sem dizer nada.
Me senti um pouco traída e meio abandonada. Como eu faria agora sem ela? Quem
iria me ligar?<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Jorge é o
frentista do posto onde eu abasteço o carro. Ou abastecia. Eu detesto colocar
combustível, então adio essa tarefa até não poder mais, o que quase sempre acaba em
uma 5ª feira e então eu abasteço sempre no mesmo posto. E o Jorge sabe
disso. E sabe que eu não verifico o óleo e nem calibro os pneus. Então, quando
eu vou lá ele faz tudo por mim. E eu sei que esse é o trabalho dele, mas ele me
chama de professora e falamos de futebol. Eu nunca lembro se ele é palmeirense
ou corintiano, mas ele sabe que eu sou são paulina. Mas hoje, ao abastecer,
percebi que a bandeira do posto tinha mudado.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">- Calma, Jorge,
não enche não. O que aconteceu com o posto?<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">- Mudou, a
Petrobrás comprou a rede.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">- E agora, o que
vai acontecer com o posto?<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">- Nada… fica tudo
igual…<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">- E o preço da
gasolina? – devo confessar que esse foi o fator que colocou Jorge na minha
vida: o posto era o mais barato no caminho da escola.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">- É, parece que
vai aumentar… Mas a qualidade é outra, de confiança… - ele disse olhando para o
chão. Nem ele acreditava no que dizíamos. Trocamos algumas palavras sobre o
futuro, os empregos, os patrões e empresários. E quando eu estava indo embora,
ele disse:<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">- Não deixa de
vir aqui não, a gasolina é de confiança.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">- Ok, vou tentar.
– ambos sabíamos que eu estava mentindo.
Eu vou acabar num posto na Francisco Morato, que ainda não foi incorporado. E essa
foi a nossa despedida.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Jade e Jorge eram duas pessoas que faziam parte da minha vida sem saber. Porque existem pessoas que conseguem ser assim. Encontrar com eles durante a semana fazia a minha semana mais agradável. Porque eles eram gentis e sorriam, mesmo que o dias deles não estivesse sendo bom. E eles saíram da minha vida da mesma forma que entraram: de repente. Agora, sem eles, quem vai me lembrar da pessoa que eu deveria ser?</span>analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-23037418392617313432011-11-16T14:00:00.000-02:002011-11-16T14:00:03.568-02:00O outro lado da lua<div>
Adorava Astronomia quando era criança e tinha a certeza absoluta, no auge dos meus doze anos, que seria astrônoma. Foi a Astronomia que me levou a Física, e no meio de tantas outras escolhas, ela acabou ficando de lado. Colecionava artigos de jornal e lia tudo que caia nas minhas mãos. E, em uma aula de ciências da 5a série, a professora diz:<br />
- A lua só mostra uma face para a Terra.<br />
Se eu pudesse escolher "frases que mudaram a vida" certamente essa seria uma delas. Eu achei aquilo tão incrível que não podia acreditar. E perguntei:<br />
- Como?!<br />
E foi então que o meu mundo caiu, a professora respondeu:<br />
- A lua só mostra uma face para a Terra. Por isso dizemos a face oculta da lua.<br />
- Mas a lua não gira?<br />
- Gira.<br />
- Então... Como pode?<br />
A coitada da professora não estava preparada para aquela pergunta. Ela tinha decorado o roteiro direitinho: nove planetas (ops...), sabia a diferença entre translação e rotação, mas aquela pergunta ela não sabia a resposta. Claramente ficou incomodada com a minha insistência. Foi salva pelo sinal, mas sabia que não tinha acabado. Na semana seguinte, antes que eu dissesse qualquer coisa, ela me procurou:<br />
- Perguntei para o professor de física do colegial que me explicou: é uma questão de segundos.<br />
Eu realmente não sei se aquele papo de "professor de física" era para me assustar, ou me convencer. Mas sei que só piorou a conversar:<br />
- Segundos?!!! Mas COMO?!<br />
A minha relação com a professora de ciências da 5a série acabou logo ali. Ela não sabia a resposta e não devia ter entendido a explicação do "professor de física do colegial". E tinha sido formada para responder tudo e não sabia lidar com as perguntas que não tinha resposta. E disse:<br />
- É uma questão de segundos e pronto. Agora vamos abrir o caderno e estudar o ciclo da água.<br />
<br />
Puxa, na 5a série eu achava que não poderia aprender mais nada com ela. E da mesma forma que não sou astrônoma, estava enganada. Acho que todas as vezes que eu entro em sala, me lembro daquela aula. Ela me ensinou que podemos reconhecer nossas limitações. Ensinou que um bom professor não necessariamente sabe todas as respostas. E que a frase preferida de todos os estudantes é "por que?" E cada vez que algum aluno me pergunta: "mas como?" respiro fundo e penso naquela professora. Mesmo que a resposta esteja na ponta da língua.</div>analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-11346387269246638212011-11-11T00:21:00.001-02:002011-11-12T12:12:26.893-02:00A nossa Universidade<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Todos os dias preparo meus alunos para entrar na
Universidade. Hoje, fui preparar a Universidade que quero para os meus alunos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Estava afastada do movimento estudantil desde que defendi o
mestrado. Deixei um ME fragmentado e
desarticulado. E passei acompanhar as coisas de longe, e infelizmente, a maior
parte das informações vinham da grande
imprensa. E assim, de longe, parecia plausível aquela história que me contavam
todos os dias nos jornais. Mas, terça feira, até isso deixou de fazer sentido. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já está na hora das pessoas perceberem que ser contra a polícia militar na campus não significa ser contra segurança ou por interesses pessoais. Sou contra a polícia militar na USP porque sou contra políticas
públicas que criminalizem as nossas ações sem discuti-las. O governo do estado
já fez isso com o cigarro, que deveria ser tratado como questão de saúde
pública mas foi criminalizado. E hoje não fumamos nos bares, e quase não
reclamamos desse fato. Há, inclusive, os que apóiam. E agora está fazendo novamente. Polícia não é sinônimo de segurança. A Universidade precisa de um plano de segurança publica que repense a sua ocupação, seus espaços, seus acessos. A gente se acostuma com
tudo e tenho certeza que se acostumaria com a polícia no campus e logo deixaria
de pensar o que isso significa. Um dia, um amigo contou que na sala de
professores de sua escola outro professor dizia que a solução para a educação
no Brasil seria colocar um policial em cada canto da sala de aula, assim, cada
vez que algum aluno não se comportasse, tomaria tiro. E ele não estava
brincando. “Assim eles saberiam como se comportar”. E faltaria pouco para alguém dizer que ofender funcionário público é crime e isso seria um pulo para defender que aluno mau criado fosse para a cadeia. "Só para aprender a se comportar".</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não. Definitivamente não é essa sociedade que quero. Não é
para essa sociedade que formo todos os meus alunos. E a Universidade faz parte da sociedade.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2m79Dp_fXfJVqvc6gBkgVkV0RH9bcOh9LmX_iGXWEDnTpl1iBzATX0gMc1E4v89_kRZjqpv4cPApBO7YmzwECpU2dwykESFgXoREV8uww1ulddS_az_CzwlO3tKp62Pg-1WmXjMUq9zc/s1600/10nov.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2m79Dp_fXfJVqvc6gBkgVkV0RH9bcOh9LmX_iGXWEDnTpl1iBzATX0gMc1E4v89_kRZjqpv4cPApBO7YmzwECpU2dwykESFgXoREV8uww1ulddS_az_CzwlO3tKp62Pg-1WmXjMUq9zc/s320/10nov.jpg" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Assembléia de estudantes da USP no salão nobre da faculdade São Francisco.</td></tr>
</tbody></table>
Hoje, na assembléia de estudantes na São Francisco encontrei
um movimento estudantil articulado e respeitoso. As pessoas se ouviam. Não se falava de maconha, mas
de projetos de Universidade. É uma pena que 73 pessoas precisaram ser presas
para que pudéssemos colocar em pauta questões que há muito tempo deveriam ser
amplamente discutidas. Porque a defesa da Universidade que queremos - pública,
segura e para todos – não deve ser uma luta só de estudantes, mas de toda a
sociedade. </div>analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-83697614743460155552011-11-06T16:44:00.001-02:002013-09-06T14:48:58.509-03:00Caras e bocasUm dia eu me apaixonei por um moço. E como em toda paixão, nos deixamos levar pelos encantos e fazemos coisas que não faríamos caso estivéssemos sob controle de nossas faculdades mentais. E assim fui parar em um Mc Donalds de shopping em um domingo ensolarado. E para mim, tudo estava bem porque eu estava com o moço. Também como em toda história de amor, o moço já tivera outras moças e eu não me sentia muito a vontade com algumas... Entre o Big Mac e a coca cola eis que ele solta:<br />
- A fulana entende emotions.<br />
- Hein?<br />
- É, aquelas carinhas... Eu escrevi uma hoje no email e você não respondeu.<br />
- Hein?<br />
<br />
Ok, eu deveria ter entendido aquilo na hora: estávamos com problema de comunicação. E não era por causa da ausência de sorrisos eletrônicos. Eu quis responder, dizer que eu tinha me formado em física e em jornalismo, que trabalhava em uma revista, que sabia programar em C e que portanto, não precisava de carinhas de computador. Quis completar dizendo que eu passei a adolescência com amigos reais, cervejas e festas reais e que por isso não, não usava o Icq. Mas se depois de seis meses de namoro ele ainda não tinha percebido nada daquilo, minhas palavras não serviriam... Então só fiquei olhando para o moço e não fui capaz de me defender. Fui para casa triste. Naquele dia não liguei para o shopping, a fila do cinema ou a quantidade de sódio na minha comida. Mas cheguei em casa me sentindo a pessoa menos querida do mundo.<br />
<br />
Como era de se esperar, alguns Mc Donalds depois, troquei o moço por outro, que gostava dos meus erros de português. Preferia meu rascunho, do que a versão editada e corrigida, dizia. <br />
<br />
Essa semana ao ler <a href="http://folha.com/no1001152">essa notícia no jornal</a>, me senti, de certa forma, vingada. A folha republicou uma notícia do Times que discute a utilização dos emoticons principalmente entre os ambientes formais e qual os possíveis impactos na linguagem. Gostei, especialmente, de uma coordenadora de escola de Manhathan, Michele Farinet: <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwC8_E-CiTf02n2QugBIxzv1ZaSMNwiAbiETlDwPQ620GHjgE2Yo8ZEQL5KTiETx7UDuTYW_Eps_jlY9dhT7QAZG2_kvq7aG6IcXoKZ2BV8qgqiu1bFcfIaRQ0Xz_8e767QWDbDWcs3Is/s1600/caras.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwC8_E-CiTf02n2QugBIxzv1ZaSMNwiAbiETlDwPQ620GHjgE2Yo8ZEQL5KTiETx7UDuTYW_Eps_jlY9dhT7QAZG2_kvq7aG6IcXoKZ2BV8qgqiu1bFcfIaRQ0Xz_8e767QWDbDWcs3Is/s1600/caras.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwC8_E-CiTf02n2QugBIxzv1ZaSMNwiAbiETlDwPQ620GHjgE2Yo8ZEQL5KTiETx7UDuTYW_Eps_jlY9dhT7QAZG2_kvq7aG6IcXoKZ2BV8qgqiu1bFcfIaRQ0Xz_8e767QWDbDWcs3Is/s1600/caras.jpg" /></a><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"></span><br />
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">"Para mim, é como um filme malfeito em que, logo que o pai agarra o cachorrinho, a câmera imediatamente focaliza a expressão lastimosa do filho - como se o diretor não acreditasse que o espectador fosse capaz de sentir por si próprio uma emoção condizente com a cena", afirmou Farinet por e-mail. "É isso que os emoticons fazem. Por favor, não me 'mostre' que eu deveria estar com uma cara alegre ou triste ou que você está com uma cara triste ou alegre. </span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Você seria capaz de imaginar a leitura do final de 'O Grande Gatsby' dessa forma? 'Então partimos, barcos contra a corrente, levados incessantemente de volta para o passado :-('"</span></div>
</blockquote>
<br />
E agora, José? Vai lá, defender as carinha de computador.<br />
<br />
Hoje eu troquei os erros de português por notas musicais, e levo a vida cantando. Ainda que desafinada.analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-89335852376007310942011-11-03T22:55:00.000-02:002011-11-03T22:56:08.144-02:00Menos suítes, menos fluoxetina.Cada vez que recebo uma propaganda de um novo-edifício-super-luxo-100m2-quatro-suítes fico mais triste. Além de me perguntar o que tanto os milhares de estudantes de arquitetura fazem em suas universidades.<br />
<br />
Hoje, a Folha de S. Paulo publicou uma notícia de que a Barra Funda vai se urbanizar, e "<a href="http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1000850-regiao-da-barra-funda-em-sp-ganhara-16-km-de-vias.shtml">se transformar em uma nova Perdizes</a>". O jornal escreve isso e não faz nenhuma reflexão sobre o que significa isso. Para que mora em Perdizes pode dizer o que a verticalização fez com o bairro: trânsito, barulho e poluição.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2rnfkvXOA544qO5-oWdHssKsSA4YUnLSfpcAVewam7Sczn0BehccQJ83Aco47XrTfCQxY9sIoS80vFWYw9SD8SucLHuTKJ_gUq28rq8RJBcFh-F5CzA4OXnUDHnZw42cdcr6TRIWTS2I/s1600/folha_3nov11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2rnfkvXOA544qO5-oWdHssKsSA4YUnLSfpcAVewam7Sczn0BehccQJ83Aco47XrTfCQxY9sIoS80vFWYw9SD8SucLHuTKJ_gUq28rq8RJBcFh-F5CzA4OXnUDHnZw42cdcr6TRIWTS2I/s320/folha_3nov11.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">fonte:<a href="http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1000850-regiao-da-barra-funda-em-sp-ganhara-16-km-de-vias.shtml">http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1000850-regiao-da-barra-funda-em-sp-ganhara-16-km-de-vias.shtml</a></td></tr>
</tbody></table>
<br />
Eu sei que não sou a primeira, e infelizmente, nem a última pessoa a pensar sobre isso. Esse tema já foi discutido em vários locais e por várias pessoas. Aliás - pausa para o Merchandising - assistam o filme Medianeras, que já passou por esse blog e trata dessa questão de forma belíssima. Também não sou a melhor pessoa para falar disso, já que sou professora e entendo muito pouco de arquitetura. Mas eu entendo um pouco de pessoas. E sei que a convivência é fundamental.<br />
<br />
O dinheiro para as obras de restruturação do bairro viria das grandes obras. Porque na Nova Barra Funda, quem quiser construir acima do permitido basta pagar uma taxa à prefeitura... Hein?! As vezes eu me sinto em um filme de ficção em que não entendo as regras direito.<br />
<br />
A construção desses megaprédios corrobora a lógica do individualismo. Cada um no seu quarto, com seu banheiro, seu computador. Quem dividiu banheiro com a irmã, sabe do transtorno que pode ser a hora de ir para a escola todas juntos, mas a delicia que é se arrumar para a festa dividindo o mesmo espelho. Eu sei que pode parecer um pensamento infantil, mas se as pessoas convivessem mais, seriam mais felizes e menos deprimidas. E agora as pessoas deixam de conviver em suas próprias casas, com suas famílias. Tenho medo de onde isso pode acabar.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOclECLMex8-XxuEO8XmhlzhC-_V54dIykrzhIfVxDUdMUsK7B-FB-CQOn89Ukfd1s6n60Jz6FaC49hNQmwRr8zKDXqsE6fPJG1g3rLVTh90JbYJWzEqPjaVr7O2gPVSV435CmR9wXmww/s1600/ape.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOclECLMex8-XxuEO8XmhlzhC-_V54dIykrzhIfVxDUdMUsK7B-FB-CQOn89Ukfd1s6n60Jz6FaC49hNQmwRr8zKDXqsE6fPJG1g3rLVTh90JbYJWzEqPjaVr7O2gPVSV435CmR9wXmww/s200/ape.jpg" width="158" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">E quem precisa de salas ou janelas?</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Mas essa reportagem levanta outra questão. A gestão da Marta Suplicy tinha outro projeto para a urbanização da Barra Funda, que em uma busca rápida pelo google, re-encontrei em uma <a href="http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/2006/02/10/ult100u4257.jhtm">reportagem do Uol</a> de 2006. E então, má vontade ou mau jornalismo? Por que para mim é muito estranho um repórter não fazer uma busca, que eu fiz em 0,30 segundos. Talvez porque encontraria a reportagem do concorrente, um pouco mais <a href="http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,sem-investimentos-barra-funda-vai-ganhar-30-mil-moradores-em-5-anos,608925,0.htm">completa</a>, que já avisava das mudanças do bairro em 2010 e não "esqueceu" o projeto da antiga prefeitura.<br />
<br />
Por isso a partir de hoje eu lanço a campanha: menos suites, menos fluoxetinas. Para que possamos discutir e construir a cidade que queremos.<br />
<br />
<br />
<br />analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-62373564187789876862011-10-30T12:47:00.002-02:002011-11-03T22:12:28.214-02:00Bzzz bzzz<br />
Matei o pernilongo que não me deixava dormir.<br />
Mas quando vi o sangue na parede, não soube dizer se fiquei com mais pena dele, ou de mim.<br />
<br />
E passei a noite acordada.<br />analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-17722336229894820312011-10-19T22:34:00.000-02:002011-10-19T23:07:03.937-02:00Mi buenos aires querido...<br />
Eu poderia escrever um texto dizendo que choveu nos dois primeiros dias e que nessa cidade não há nada para fazer em dias de chuva.<br />
Poderia escrever dizendo que eu apanhei da rua de uma desconhecida, sem que eu fizesse nada. "Antes que nos matem a todos", ela se justificou. Ou poderia dizer que um cachorro correu atras de mim, e quem me conhece pode imaginar o que isso significou... Ah! Poderia dar uma aula de geografia, depois de esperar horas no aeroporto, entendo tudo sobre vulcões...<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-F7kZ2B4m5tryEAQ3smZ4WbYxaiPIpU4yr1TXvVDt-chp5eIXJKqyXyrwNHot7lBB3SyeL2gDQPsK9OyFL-jTG6HZRTnh-IeYiKZsV4-CPxj56CKrHW8d6jVMwDgIlqiE46g67XNRGsM/s1600/ITPEVI+158.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-F7kZ2B4m5tryEAQ3smZ4WbYxaiPIpU4yr1TXvVDt-chp5eIXJKqyXyrwNHot7lBB3SyeL2gDQPsK9OyFL-jTG6HZRTnh-IeYiKZsV4-CPxj56CKrHW8d6jVMwDgIlqiE46g67XNRGsM/s320/ITPEVI+158.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="font-size: 13px; text-align: center;">El caminito...</td></tr>
</tbody></table>
Também poderia escrever sobre amizade e como é bom (re)encontrar amigos. Fazer uma lista das pessoas legais que conheci. Ou divagar sobre como é legal perceber que podemos reconhecer uma identidade latinoamericana.<br />
<br />
Mas resolvi fazer um texto-guia turistico e contar as coisas legais que fiz por aqui. Em uma cidade que pela quarta vez ainda suprende e encanta com as suas belezas. Nada como ter bons amigos para indicar programas gostosos...<br />
<br />
<b><br /></b><br />
<b><br /></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Na telona</span></b><br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; line-height: 15px;"></span><br />
<h3 class="r" style="display: block; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; overflow-x: hidden; overflow-y: hidden; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small; white-space: normal;">Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales (Incaa)</span></h3>
<div>
Não preciso escrever nada sobre cinema argentino. É bom. O Incaa tem uma série de salas de cinema que projetam filmes argentinos por bons preços. Um programa imperdível. Desta vez assisti dois: Medianera e La vida nueva. O primeiro é muito bom, o segundo, nem tanto.</div>
<a href="http://espacios.incaa.gov.ar/">http://espacios.incaa.gov.ar/</a><br />
<b><br /></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">No bolso</span></b><br />
<b>El guia T</b><br />
A primeira coisa a fazer ao chegar em BsAs é passar em uma banca de jornal e comprar este guia. Tem todas as ruas da cidade com as linhas de ônibus e metrô. É prático, barato (~6 pesos) fácil de usar e cabe no bolso. Mas não é um guia de viagem, o seja, não tem sugestões de passeios.<br />
<a href="http://guiat.site88.net/">http://guiat.site88.net/</a><br />
<br />
<b>Câmbio</b><br />
Não entendo muito bem disso, mas o que aprendi é que as cotações variam muito de uma casa de cambio para outra e <b>vale dar uma pesquisada. </b>Desta vez, a cotação melhor estava no Western Union (<a href="http://www.westernunion.com.ar/">http://www.westernunion.com.ar</a>)<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="color: red; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><b>Nas artes plásticas</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Além do Malba, desta vez fui no </span><b>Museo Xul Solar</b>. Um museu do pintor argentino Oscar Agustín Alejandro Schulz Solari, Xul Solar As obras são lindas. O museu é bem pequeno mas a casa já vale uma visita, principalmente para quem gosta de arquitetura.<br />
Recomendo a visita guiada, porque não tem muita informação. Ou então, apele para o<a href="http://es.wikipedia.org/wiki/Xul_Solar"> google</a>, mesmo, antes de ir.<br />
Laprida 1214<br />
<a href="http://www.xulsolar.org.ar/index.html">http://www.xulsolar.org.ar/index.html</a><br />
<b><br /></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Nos livros</span></b><br />
<b>El ateneo da Santa Fé</b><br />
<br />
Ok, a livraria que fica dentro de um antigo teatro é tão famosa que deveria ter feito parte da minha primeira visita. Ou da segunda. Mas, enfim... Se você for como eu e não conhece, faça. É super linda.<br />
Av. Santa Fe; 1860<br />
<a href="http://www.tematika.com/">http://www.tematika.com/</a><br />
PS: Outra dica importante. Assita o filme Medianeiras. Hoje. Mesmo que não tenha planos de vir para Buenos Aires. Um filme lindo sobre a relação das pessoas com a cidade. Mas se for visitar a livraria, repare nos prédios vizinhos e olhe para as "medianeiras"", quem sabe pode encontrar o que estava procurando.<br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="color: red; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">E, claro, na gastronomia</span></b><br />
<b>Salgados Alimentos</b><br />
Um<b> </b>restaurante fofo, agradável e com uma ótima comida. Comi uma milanesa, que dá para dividir. Mas o restaurante serve tambem massas e saladas. Um almoco para duas pessoas (milanesa, salada, suco e cafe 100 pesos). Não abre aos domingos e segunda feira fecha as 20h.<br />
Fica na Juan Ramirez de Velascos com a Araoz.<br />
<a href="http://www.salgadoalimentos.com.ar/">http://www.salgadoalimentos.com.ar/</a><br />
<b><br /></b><br />
<b>Bâraka</b><br />
Modernoso e agradavel, com mesas ao ar livre. Um cardápio diferente, com "receitas de familia". Sucos e sobremesas incríveis. (almoco, sobremesa e suco para duas pessoas 160 pesos).<br />
Gurruchaga 1450, em Palermo. Fechado as segundas.<br />
<a href="http://www.barakarestaurant.com.ar/">http://www.barakarestaurant.com.ar/</a>analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-17545846667613382142011-09-18T22:05:00.002-03:002011-11-03T22:09:15.688-02:00Para minha irmã<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">São Paulo, 18 de setembro de 2011</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Tchu,</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Agora somos só você e eu. Claro, a gente tem ainda um monte
de gente querida, por perto. Mas quando acaba o dia e a luz apaga (e eu durmo e
você acorda…), somos somente você e eu.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">E eu vou cuidar de
você. Talvez devesse ter feito isso antes, ou mais vezes, mas não importa.
Agora que comecei, não vou parar. Por mais que você esperneie, grite ou reclame.
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Porque eu sou sua irmã mais velha e em todas as minhas
lembranças você está lá. Por que você acha que chupa dedo? O que seriam das
aulas de teatro sem “matei o rei, serei a besta”? Quem iria atropelar as praças
da USP?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">O que quero dizer é que gosto muito de você e que toda vez
que achar que você está fazendo alguma coisa de errado, ou que não está fazendo
o que deveria, vou me meter. T-O-D-A-S A-S
V-E-Z-E-S. Na maior parte das vezes você vai discordar, dizer que eu estou
enganada e que não devo cuidar da sua vida. E, em algumas vezes, eu vou mesmo
me enganar: sem ela é muito difícil saber o que é certo e o que é errado, não?
Mas aviso: não vou parar. Por você, vou matar todos os reis e todas as bestas
que estiverem no seu caminho. Porque você faz isso por mim desde que nasceu.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">te amo,</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">analu</span></div>
<span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 115%;"><br /></span><br />
A minha irmã não é diferente de nenhuma irmã
mais nova: insiste em não me obedecer escutar. Por isso escrevi essa carta para
ela, quem sabe agora ela escuta. E assim, fica mais fácil de republicar, todas
as vezes que ela esquecer que é a pessoa mais importante da minha vida.</span></span>analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-2254435806466145042011-08-16T16:34:00.000-03:002011-11-06T17:02:52.388-02:00Meia noite em Paris<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br />
Ela estava em Paris. Saíram com o restaurante fechando. O jantar tinha sido perfeito, mas já era perto da meia noite.<br />
<br />
- Será que o metro fica aberto depois da meia-noite? - Ela andava depressa. Não queria se perder, mesmo em Paris. Olhou no mapa, a estação era perto, mas eles andaram mais do que imaginavam. As ruas estavam vazias, nem pareciam férias. Um velho que estava sentado no bar levantou e foi na direção deles.<br />
<br />
- Vocês estão perdidos?<br />
- Não. - ela respondeu e apertou o passo.<br />
- Estamos procurando o metro - disse ele, com um sorriso no rosto. Por que ele tinha que ser sempre tão simpático? Eles achariam a estação sozinhos.<br />
- É por ali. Eu vou com vocês. - mas, por que ele vai com a gente se estava sentado no bar, ela pensou.<br />
<br />
Pronto era só o que faltava serem perseguidos por um velho na primeira noite em Paris. Olhou para ele com esperança que ele ouvisse suas angustias. Ele sorriu novamente.<br />
<br />
- Vocês são americanos?<br />
Ela não respondeu. O que os franceses tão tem com os americanos?<br />
- Brasileiros. - só ele falava.<br />
- Ah? E falam espanhol? - Pronto. Ainda encontraram um francês burro. Será que agora ele não poderia se despedir? A noite tinha sido tão boa...<br />
- Não, português.<br />
- Eu sei uma palavra em português: calhambeque, quer dizer carro velho. - porque aquele velho não ia embora?<br />
<br />
E o velho foi falando até a estação. Perguntou onde eles desceriam, e ele respondeu, claro. A essa altura ela achava que ele convidaria o velho para um café. Os guichês estavam fechados e o velho os acompanhou até a máquina que vendia bilhetes. O filme se fez na cabeça dela como se fosse verdade: os comparsas chegariam e eles seriam assaltados. Sim, seriam assaltados, ela sabia. A máquina não funcionou. O velho deu dois bilhetes para ele. Definitivamente a noite não acabaria bem. Eles passaram e ele ficou esperando o velho. Será que agora eles não poderiam ir? O bilhete do velho não passou. E ele teve que pular a catraca. Pronto. Era agora. E o velho continuava andando com eles, quando chegaram na escada, disse:<br />
<br />
- Eu vou por aqui. Vocês continuam. Boa viagem.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzD9UpRoCDDgvohfU1VWfOG3PUgF6Y2zEJW7kQOWK269bm9YA5eiGUXGvnQOK2aJ0LnGfOkhWBfBjoRY5GkXjQ5P4-igE5luT028VTqd-inSyz_fNQYinXlFmvYUDrirS3w74ydHxE4g0/s1600/torre.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzD9UpRoCDDgvohfU1VWfOG3PUgF6Y2zEJW7kQOWK269bm9YA5eiGUXGvnQOK2aJ0LnGfOkhWBfBjoRY5GkXjQ5P4-igE5luT028VTqd-inSyz_fNQYinXlFmvYUDrirS3w74ydHxE4g0/s320/torre.JPG" width="254" /></a></div><br />
<br />
Eles tinham acabado de jantar. E tinha sido o melhor jantar de toda a sua vida. Ele só percebeu o tempo passar, quando ela perguntou:<br />
- Será que o metro fica aberto depois da meia noite? - e olhou no mapa. Eles foram, ele nunca imaginou que se renderia aos encantos de Paris. Mas aquela hora, os carros, as pessoas, a lua, tudo parecia mágico. Mas ele sentia falta de sua mão, porque ela andava tão depressa? Não percebeu o velho levantar do bar.<br />
<br />
<br />
- Vocês estão perdidos?<br />
- Não. - ela respondeu.<br />
- Estamos procurando o metro - disse ele. Todos se apaixonavam por ela. Ele sabia disso... Por que seria diferente com os franceses?<br />
- É por ali. Eu vou com vocês.<br />
<br />
Ele lembrou de todas as vezes que ouviu dizer que os franceses eram mal educados. Olhando para aquele velho não podia acreditar. Sorriu para ela, a noite não poderia ser melhor.<br />
<br />
<br />
- Vocês são americanos?<br />
- Brasileiros.<br />
- Ah? E falam espanhol?<br />
- Não, português.<br />
- Eu sei uma palavra em português: calhambeque, quer dizer carro velho. - Ele se divertia.<br />
<br />
<br />
E eles foram até a estação. O velho perguntou onde eles desceriam, e ele respondeu. Os guichês estavam fechados o velho os acompanhou até a máquina que vendia bilhetes, que estava quebrada. Por um momento ele ficou sem saber o que fazer, mas o simpático velhinho deu dois bilhetes para ele. Ele não conseguia acreditar na sorte que tinham. O velhinho ainda teve que pular a catraca, pois ficou sem bilhete. Realmente os parisienses eram muito gentis. Era isso que ele iria contar para os amigos quando voltasse para o Brasil. Quando chegaram na escada, o velho disse:<br />
<br />
- Eu vou por aqui. Vocês continuam. Boa viagem.<br />
<br />
<br />
Ao sair do metro, garoava, e com os braços ao redor dela, eles estavam na mesma cidade. Porque Paris pede uma história de amor, ainda que inventada.<br />
<br />
analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-28775952142513145042011-07-06T08:29:00.001-03:002011-07-06T08:34:31.283-03:00Para não dizer que não falei das flores...Quem leu <a href="http://universoemparticulas.com.br/?p=116">aqui</a>, se lembra. No fundo está o Globo - universo das particulas - um museu que fica em frente ao Cern. Vale uma visita.<br />
<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJgkldTLzLzdQIRxz0kjk6SFeH0ewkJdtKAmoCMDgDUde_VONy5oUHfTXUmOAfRg-5E5V8Ax00urwOzM8hWC3F1Q3HJPMy64-5RbDkQo7Uz2CGgu0525jA7eUYdvAIDR0xBsdcCd7Y_0k/s1600/DSC_0333.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="265" m$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJgkldTLzLzdQIRxz0kjk6SFeH0ewkJdtKAmoCMDgDUde_VONy5oUHfTXUmOAfRg-5E5V8Ax00urwOzM8hWC3F1Q3HJPMy64-5RbDkQo7Uz2CGgu0525jA7eUYdvAIDR0xBsdcCd7Y_0k/s400/DSC_0333.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">No meio do caminho...</td></tr>
</tbody></table>analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-41397256597868909672011-07-04T15:36:00.000-03:002011-07-04T15:36:08.770-03:00Se essa rua fosse minha...<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLgOETSv4CPa4c1gIwy3Wi02Yk9MUl1nzTUwcbN3WG1JmxNQZyIVjDcc689b7-Ed4ZJxFLJXhEAIT7h7CbhhDax4vnNJs73iY9IgkoeuoFPz3U7IDsnXV4DvZFGQeSg36BwkwLiCUqwBY/s1600/ruas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" i$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLgOETSv4CPa4c1gIwy3Wi02Yk9MUl1nzTUwcbN3WG1JmxNQZyIVjDcc689b7-Ed4ZJxFLJXhEAIT7h7CbhhDax4vnNJs73iY9IgkoeuoFPz3U7IDsnXV4DvZFGQeSg36BwkwLiCUqwBY/s400/ruas.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">Conhece todos?</span></td></tr>
</tbody></table>analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-19707418486158210692011-07-03T16:54:00.000-03:002011-07-03T16:54:30.120-03:00Em FrankfurtEu confesso ter medo de alemães. Pode ser preconceito histórico, ou outra coisa, mas a falta de vogais não os torna dos povos mais receptivos. Por isso, desde que eu soube que faria escala em Frankfurt fiquei apavorada.<br />
<br />
No avião, eu ensaiava as respostas que daria ao guarda da imigração. Desta vez não poderia me equivocar, como <a href="http://entreofiurosepoliquetas.blogspot.com/2011/01/la-policia-soy-yo-ou-as-pessoas-e-suas.html">da outra...</a> Afinal, era a polícia alemã. “Vou fazer um curso em Genebra”. “Sim, tenho seguro de viagem. <strike>Não sou idiota</strike>. Claro” “Sim tenho dinheiro suficiente para ficar”. “Não, não quero viver aqui, tenho emprego e família no Brasil”.<br />
<br />
Desembarcamos e eu tinha 40 minutos para pegar o voo para Genebra. A possibilidade de ficar presa ali fez com eu eu fizesse tudo super rápido e logo cheguei a imigração.<br />
<br />
- Passport. Where are you going?<br />
<br />
- Geneve.<br />
<br />
- For how long?<br />
<br />
- Three weeks.<br />
<br />
- Have a nice trip.<br />
<br />
Simples assim. Mas ainda faltava o embarque. O aeroporto não estava cheio e eu esperei tranquilamente na fila. Quando a funcionária, gentilmente, cedeu a minha vez para uma alemazinha que estava atrás de mim. Isso mesmo, sem o menor pudor. Não, ela não estava grávida. Não ela não tinha 80 anos, muito menos segurava uma criança de colo. Ela era simplesmente mais loira. Eu sabia! Os alemães são terriíveis! Eu sabia! <br />
Chegou a minha vez:<br />
- Do you speak english?<br />
<br />
- Yes<br />
<br />
- Are you american?<br />
<br />
- No brasilian.<br />
<br />
-Ah – com um sorriso no rosto – Bom dia! (por favor, não me fale de futebol. Por favor, não diga Pelé! Ronaldinho!) E eu abri a mochila, tirei o computador. Cables? Tirei os cabos. E foi exatamente nesse momento. O homem começou a apontar as caixas.<br />
<br />
- Do I need another box? – perguntei.<br />
<br />
- How do you say it?<br />
<br />
- Outra caixa?<br />
<br />
- Otra caja – repetiu o sorridente guarda. Eu ignorei o espanhol e ele começou a apontar. E eu fui tirando tudo que ele pedia e repetindo em português.<br />
<br />
- Relógio.<br />
<br />
- Elôgo? logio? <br />
<br />
- Não. Re. Relógio.<br />
<br />
E assim foi. Óculos, casaco. Anel, pente. Tenis. E eu tirei tudo e coloquei na outra caixa. Foi quando ele disse:<br />
<br />
- No, you don´t need to do this. I only wanted to know how to say this words in portuguese.<br />
<br />
O universo só pode estar de brincadeira comigo. De todos os trilhões de alemães, eu fui encontrar o único piadista.<br />
<br />
Ah! E Genebra pode ser ainda mais encatadora no verão...analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-80593171905170656882011-06-26T16:28:00.000-03:002011-11-03T22:11:15.575-02:00Onde estão as chaves?<div class="MsoNormal">Hoje eu fui até a casa da minha mãe. Porque eu precisava muito falar com ela. Porque era domingo e tinha jogo e eu não suporto mais futebol. Porque era final de bimestre a gente sempre passeia, todo final de bimestre. Porque eu passei por tantos lugares nesse mundo, que deve existir algum em que eu me sinta bem.</div><div class="MsoNormal">Passei na casa da minha mãe porque ela faz tanta, mas tanta falta, que confunde a minha razão e mistura as minhas lembranças. E hoje eu não sei mais o que é realidade e o que é sonho. Ou pesadelo.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Porque nesse ano eu vivi um monte de coisas, mas o que eu melhor aprendi foi engolir a tristeza e imprimir um sorriso: assim as pessoas se sentem melhores. No começo você até tenta dialogar com a razão e explicar que não haverá emprego, viagem ou filhos que diminuirá a falta que ela faz. Mas aí vêm os números, um mês ainda é pouco, mas seis meses já é bastante e então o número mágico: um ano. E você é obrigada a superar. Então você aprende e pede um café. E sorri. E eu tomei tantos cafés nesse último ano… Mas as vezes você recai, e tenta explicar mais uma vez, que ela era sua mãe e sua melhor amiga. Que só ela te conhecia e te dizia a verdade. Que você se divertiam e brigavam. Que comiam hambúrguer no fim da tarde de domingo e passavam a noite corrigindo provas. Que você dormiu na cama dela, porque estava doente, e ela dormiu no sofá. Então elas te dizem para seguir a vida, e não cultivar sofrimento. Parecem se esquecer que você defendeu o mestrado, estudou, aprendeu outra língua, não largou os empregos. Mesmo sem achar que essas coisas façam sentido, já que ela não está mais aqui.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Hoje eu fui até a casa da minha mãe. Estacionei o carro, peguei a chave e quase entrei.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div>analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-21394375615946532982011-06-23T22:58:00.002-03:002011-11-03T22:16:11.107-02:00O guardaComo sempre cheguei quase atrasada na escola. Era terça feira e chovia em São Paulo. E claro que eu não tinha guarda chuva, nem capa. Por sorte, encontrei um lugar na porta. Quer dizer, naquele momento eu achava que era sorte. Foi a baliza mais rápida que eu fiz na vida: se corresse, teria tempo para um café antes da aula.<br />
<br />
Durante o dia tudo correu bem. Depois do almoço, fui até o carro. E qual a minha surpresa ao virar a esquina? Dois guardas estavam na frente do carro. Meus joelhos começaram a tremer. Eu sabia que não poderia ter problema, tinha parado em local permitido e meus impostos estavam em dia. Mas confesso: tenho medo de polícia. E eles não pareciam felizes: davam voltas em torno do veículo, abaixavam procurando alguma coisa, colocavam a cara no vidro para investigar o interior. E aos poucos, fui me aproximando. Fosse o que fosse eu deveria enfrentar.<br />
<br />
- Olá - eu disse, receosa.<br />
- Esse carro é seu? - perguntou o guarda, nada simpático.<br />
- S-s-i-i-m - gaguejei. Não seria melhor ir para casa de ônibus?<br />
- Porque essa carreta é roubada. - E nesse momento percebi a carreta. Tinha chegado com tanta pressa que não tinha percebido.<br />
- É?<br />
- É, roubaram a carga e largaram a carreta aqui. O carro é seu mesmo?<br />
- Sim.<br />
- Porque eles está na frente da carreta roubada e pensamos que ele fosse roubado também. - Hein? Alguém pode me explicar qual a lógica utilizada pelos simpáticos policiais? Será que eles achavam que o cliozinho era capaz de guinchar uma carreta de 100 toneladas?<br />
- Não, não é roubado. É meu.<br />
- Mas olha só a bagunça! Ele é o perfeito carro roubado. Está cheio de livros soltos, tem um pé de tênis na frente e a palheta do limpador está levantada.<br />
<br />
Fiquei com vontade de explicar para ele como era a vida de uma professora, que carregamos muito material, e usamos muitos livros que são pesados. Dizer que naquele dia eu tinha chegado atrasada, que não tinha guarda chuva, nem capa, e não tinha percebido a palheta, porque desliguei o carro correndo. Contar que com as tristezas da vida e com a ansiedade do mestrado eu tinha engordado uns quilos, então que eu estava jogando futebol e que se ele procurasse bem o outro pé do tênis - que na verdade era uma chuteira - estava lá, no banco de trás. E que ele não tinha nada com isso, que ele deveria cuidar do bem estar das pessoas e não se preocupar com a organização do meu carro. Mas não disse nada do que eu pensei. Me restringi a um abafado:<br />
<br />
- Me desculpe. Não conta pra minha mãe?analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-88770665726711909642011-06-17T07:55:00.000-03:002011-11-06T17:08:06.364-02:00Pitágoras e o primeiro beijo<div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando estava na escola, nunca imaginei ser professora. Mas um amigo um dia me pediu para substituí-lo na escola em que trabalhava. Ele iria participar de um Congresso por três dias. O plano parecia ótimo, eu ganharia uma grana e o trabalho era fácil: cuidar dos alunos enquanto eles faziam uma lista de exercícios. O que poderia dar errado?</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nada. E de fato, não deu. O que veio depois é que mudou a minha vida. Acabei ficando mais na escola, para substituir a professora de geometria do fundamental que tinha sofrido um acidente. </span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em uma aula de teorema de Pitagoras, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>quando eu já estava um pouco mais a vontade com a escola, com a classe e com os alunos <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma aluna pediu para ir ao banheiro. Claro, pode ir. O que eu não sabia, e só eu não sabia isso, é que aquele era o horário do intervalo do primeiro colegial. E que a tal menina queria encontrar um garoto para o primeiro beijo. Bem na minha aula. Quando ela voltou para a classe, era tanta felicidade que ela olhava através de mim. Não me via, não via o Pitágoras e nem a melhor amiga ansiosa por comentários. Sentou e abriu o caderno com um sorriso no rosto.</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E foi nesse dia, com teorema de Pitágoras e primeiros beijos que eu resolvi ser professora. Porque nesse dia eu percebi que a gente pode se surpreender com as pequenas felicidades e surpresas do dia a dia. Porque nesse dia eu entendi que ser professora é lidar com gente e gente se emociona, encanta, se diverte.</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="line-height: 115%;"><span style="line-height: 115%;"><br />
</span><br />
Mas o cotidiano também nos engole. E a gente pega a Rebouças parada, acumula coisas para corrigir, se irrita, briga com colegas, atrasa material, toma bronca. E de repente não se lembra mais porque escolheu fazer aquilo. E então você resolve esquecer a gripe, a pilha de provas para corrigir, o trânsito e até o eclipse, para assistir a peça dos seus alunos na quarta-feira à noite. Se emociona ao vê-los no palco. São os seus alunos, de todos os dias, aqueles mesmos que não fazem lição, que conversam nas aulas, que detestam física. Que agora estão lá, são maridos traídos, sargentos, assassinos, leram Sheakspere. </span><span style="line-height: 115%;">Você reconhece alguns e é apresentada a outros. E se lembra </span><span style="line-height: 115%;">porque adora ser professora.</span></span>analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-50554887850849942602011-05-25T21:48:00.000-03:002011-11-06T20:27:49.034-02:00Pula a fogueira, IaiaEla caminhava pelos corredores sem olhar para o lado. Os passos certeiros: tinha uma missão. Entrou na enfermaria, colocou os cadernos em uma mesa, puxou um banco e sentou:<br />
- Mãe, eu sou feia?<br />
A mãe, entre esparadrapos, bandeides, não estava preparada para consertar um coração. Pensava que demoraria mais uns anos, pelo menos até os 15.<br />
Mas, como todas as mães, escondeu sua surpresa e respondeu:<br />
- Claro que não, minha filha. Claro que não. Por que você está perguntando isso?<br />
- Porque nenhum menino quer dançar comigo na quadrilha! - ela respondeu com os olhinhos brilhando de lágrimas que iriam cair.<br />
<br />
Me impressionei com a familiaridade daquele problema: lembrei de todas as quadrilhas e todas meninas que já passaram e passam por essa tortura junina.<br />
<br />
A escola mudou tanto desde que eu não danço mais quadrilha. Bullying, DDA, lousas eletrônicas, internet. É enorme o repertório das discussões nas reuniões pedagógicas. E porque ainda reproduzimos tantos rituais conservadores?analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-37019917210963254812011-01-18T15:32:00.001-02:002011-11-03T22:09:15.692-02:00La policía soy yo - ou as pessoas e suas profissõesConseguimos passar pela Espanha sem maiores percalços. Atravessamos o país de carro, encontramos lugares lindos. Conhecemos a Barcelona de Gaudi. Mas viajar é estranho, quando está acabando, a vontade de voltar fica maior do que a de ir e assim chegou o último dia.<br />
<br />
Fomos contentes para o Aeroporto. Até enchemos o tanque do carro quase sem ajuda! Tudo certo. Só que o voo estava atrasado: o aeroporto de Madri - onde faríamos conexão - estava coberto por neblina. Esperamos. Embarcamos. Chegamos a Madri três horas depois, a meia noite.<br />
<br />
"Os passageiros com destino a América do Sul devem permanecer no avião". Não! Como assim? O nosso voo é a... 12:15! Tentamos com a aeromoça:<br />
- É melhor esperarem aqui, o ônibus já vem e será mais rápido.<br />
- Mas você acha que vai dar tempo?<br />
- Não, sei, se o voo estiver atrasado também.<br />
- E está?<br />
- Isso eu não posso dizer.<br />
<br />
E quem poderia, senão alguém da companhia áerea?<br />
<br />
- O ônibus não vem, podem ir caminhando. - hein? como? assim, agora que já se passaram 15 min? Ok, caminhamos. Caminhamos. Metrô. Caminhamos. Elevador. Caminhamos. Polícia federal. Caminhamos. Terminal U 69. Chegamos, mas o avião tinha partido. Ótimo. Vamos até o balcão da Ibéria e encontramos toda a latino américa: Quito, Guayaquil, Lima, até uns holandeses simpáticos que iam para Santiago, Bogotá, e nós, para São Paulo. Era uma confusão completa e o rapaz atrás do balcão não parecia feliz. Sim, era um, atendendo toda a latino américa. Logo chegou outro, mas não diminuiu a confusão. A garota do Equador conseguiu um voo para La Paz, depois iria para Lima e enfim, casa. O casal de velhinhos londrinos iam para Galápagos, mas conseguiram um voo para Buenos Aires. O nosso desfecho não parecia promissor. E não era.<br />
<br />
- Este balcón se cerrará a las dos...<br />
- Sir, I don´t speak spanish, sir - <s>gritou</s> disse a senhora que tinha ficado o tempo todo atordoando a fila com seu livro e sua cadeira.<br />
- I´m not talking to you, madam. I´m talking to them. Señores, dirijam-se a la planta 2, para el balcón de Iberia que es 24h, este se cerrará a las dos e voy a atender apenas hasta ella - ufa! "ella" era a Cristina! Estávamos salvas, ou pelo menos, pensávamos.<br />
<br />
Chegou a nossa vez.<br />
- Son las cinco para dos, yo no sé se voy a conseguir atende-las porque el terminal desliga sozinho, es la unica manera que tengo de ir para casa - o quê? Sim, eles estava nos dizendo que o computador desligaria sozinho as duas da manhã, depois de duas horas de espera, e a 10h de voo de casa. - pero voy a intentarlo. Su vuelo será mañana a las doce con veiticinco. Ustedes tienen que coger el autobus 1 que esta en la planta 2. Voy a cerrar la ventana e entregarei los ticketes e sus passaportes en la puerta. - e começou a descer a grade que fechava o balcão. E nesse instante, a senhora londrina dá um pulo até o balcão.<br />
<br />
- Sir, you are not going to help me?<br />
- No, I told everybody that we were going to close at two. Now it´s two o´clock. I´m going to close.<br />
- You´re not. May I have your name, please? I´m going to talk to the authorities.<br />
E a janela se fechou. Mas espere. E OS NOSSO PASSAPORTES? Fomos até a porta, enquanto a senhora chorava sentada, com seu livro, na cadeira, help me please, I don´t speak spanish. E nosso coração amoleceu... por cerca de... um segundo até que a porte se abriu e ela, mas rápido do que tudo voou no pescoço do rapaz da Ibéria. O rapaz se defendeu e entre gritos, empurrões, "I´m a professor at University of London!", "I´m doing <b>my</b> job", "Oh, if you worked in London", "You should speak spanish, aren´t you a professor?", nossos passaportes esperavam nas mãos do rapaz de uniforme vermelho. Conseguimos recupera-los depois que a segurança do aeroporto chegou. O que fazer? Caminhar até outro balcão da Ibéria.<br />
<br />
Caminhamos. Mais escada rolante. Caminhamos. Ibéria. Fechado. E algumas pessoas eperavam que o balcão abrisse, loucas para contar como tinham perdido o voo. E o guarda chegou, nos disse que deveríamos ir para o outro terminal, que passássemos pela polícia federal. Mas já tinhamso feito a Imigração. O que fazer agora? Sempre tive muito medo da imigração. Chegando no balcão juntei todo meu portuñol e fiz o maior esforço para que o guarda não pensasse que eu era um completa idiota.<br />
<br />
- La polícia nos mandó vir a usted. Queremos ir al balcon de Ibéria en otro terminal.<br />
<br />
E o homem sem sorrisos pega nosso passaporte, olha cada um deles e diz:<br />
<br />
- Non pasaram por la polícia, porque la polícia soy yo.<br />
- Er... desculpeme, era um rapaz con ropas verdes.<br />
- Son guardas civiles - e o meu espanhol não era suficiente para explicá-lo que para mim era tudo a mesma coisa...<br />
- Pueden ir.<br />
- Gracias.<br />
<br />
Chegamos ao balcão da Ibéria e assim, depois de uma aeromoça, uma professora universitária, um agente de viagens, um guarda civil e la policía, chegamos ao hotel, onde o recepcionista esqueceu de avisar que o café da manhã iria até as nove e meia...analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-79885551061363343552011-01-01T19:36:00.000-02:002011-11-03T22:09:15.696-02:00Família buscapé vai à EuropaOk, eu nunca mais falo mal dos portugueses. A partir de hoje nada de piadinhas com os nossos colonizadores. Lembram daquele filminho-sessão-da-tarde "Férias frustradas"? Então, estamos escrevendo um novo roteiro. Começa em Lisboa. Destinos escolhidos, passagens, hotéis e carro alugado, eu, meu pai, Cris e a Raquel - a nossa companheira do GPS. Talvez, seja dela toda a culpa...<br />
<br />
- Mantenha- se a esquerda para a saída da 8 e vire a direita.<br />
- Hein? Direita?<br />
- É a direita...<br />
- Passou!<br />
E lá vinha a Raquel:<br />
- Recalculando... siga o trajeto em destaque. Recalculando...<br />
<br />
E muitos "recalculandos" depois...<br />
<br />
- Pedágio!<br />
- Cuidado que aquele é sem-parar!<br />
- Tem sem-parar em Portugal|?<br />
- É com moedas! Alguem tem moedas?<br />
<br />
No próximo pedágio...<br />
<br />
- Cuidado! Aquele é sem parar!<br />
- Alguém tem moeda?<br />
- Ué mais não tem onde colocar as moedas... Não tem nada!<br />
- Então vai. Vai que tem um cara atras!<br />
E fomos! Mas o sinal tá vermelho! Dá ré. Volta!<br />
<br />
Mas não tem nada! Então vai. Vai! E fomos... Até o próximo pedágio...<br />
<br />
- Agora vamos escolher um que tenha cabine!<br />
- Ticket, por favor.<br />
- Não tenho.<br />
- Mas você tem que ter, todos têm que pegar o ticket na entrada da auto-estrada.<br />
- Mas eu não tenho.<br />
- Como você entrou?<br />
Ops... começamos a entender algumas coisas... E aprendemos uma nova palavra: fatura = multa.<br />
<br />
E no primeiro dia de 2011... Pega o roteiro: vamos para a próxima cidade. Faz o checkout no hotel, põe as bagagens no carro.<br />
<br />
- A gente tinha que ficar 3 noites aqui.<br />
- Mas no papel da Mariana são duas.<br />
- Como são duas?<br />
- Esta aqui: Óbidos duas noites.<br />
- Cadê o voucher com as reservas?<br />
<br />
Tira as malas do carro e volta para o hotel: reserva errada...<br />
<br />
- Então vamos conhecer aquela cidadezinha aqui perto.<br />
<br />
E a Raquel começa de novo... Recalculando, recalculando. E de recalculando em recalculando passamos por quatro cidades, que estavam todas fechadas: era primeiro do ano. Mas os lugares eram lindos. Como a Raquel conhecia a região! Calma! ali na frente está alagado! Recalculando. Vaio ficar de noite. Vamos voltar.<br />
<br />
- A gasolina está acabando...<br />
- Ali tem um posto.<br />
- Pára.<br />
- Não tem frentista, pergunta para aquela mulher.<br />
<br />
- "Ah! eu não sei colocar gasolina?" - então, o que está fazendo em frente à bomba? Aquele menino deve saber. Tanque cheio. Vamos. E a 500 m depois... O carro pára. Pára completamente, não liga, não dá sinal de vida. Nada. Liga para o socorro da estrada e 15 min depois...<br />
<br />
- O que aconteceu?<br />
- A gente abasteceu e o carro parou. Assim, do nada.<br />
- Não é combustível errado? Do que é a viatura? - sim, todo carro em Portugal se chama viatura.<br />
- Gasolina.<br />
- E vocês não colocaram gasoleo?<br />
- Hein?<br />
<br />
Anotado: gasoleo não é gasolina...<br />
Agora, já estamos no hotel. Está tudo bem.<br />
<br />
<br />
Mas calma, ainda vamos para a Espanha.analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-91976442649200538852010-10-14T10:17:00.000-03:002011-05-25T21:56:08.313-03:00A falta que um abraço fazEu sou uma pessoa de muitas (boas!) ideias e poucas ações. A minha mãe, ao contrário de mim, fazia. Fazia de tudo e tudo bem feito. E assim, as minhas ideias, com ela, sempre davam certo.<br />
<br />
Inventei que a gente precisava separar o lixo em casa. Muito antes de São Paulo ter esse projeto de coleta seletiva, então o "plano" não era muito simples de ser executado. Mas a minha mãe levou a sério. Descobrimos uma cooperativa perto de casa que recolhia lixo. E assim, entramos na era verde. Terezinha separava tudo. "Mas mãe, isso não recicla." Não importava, lá ia ela lavar a embalagem-brilhante-encerada.<br />
<br />
Um dia, ouvimos que o Serra (que era prefeito) iria despejar a cooperativa. E lá fomos nós, num domingo de Sol, abraçar a <a href="http://www.coopamare.org.br/">Coopamare</a>. Jogar o lixo era o nosso programa.<br />
<br />
Perdi muitos hábitos nesses últimos meses. Mas continuei separando o lixo. Só não conseguia levá-lo. Era muito difícil fazr isso sozinha. Mas, como devem imaginar, o lixo foi se acumulando na cozinha. E hoje, com medo da vigilância sanitária, juntei meus caquinhos e sai de casa.<br />
<br />
Assim que cheguei lá, um carro-bege-importado parou atrás de mim e buzinou. Fui um pouco mais pra frente, tentei manobrar, e nada, continuava buzinando. A mulher que dirigia, fez sinal para que eu não me preocupasse, então, desci e fui tirar as caixas do carro. Mas a buzina não parava. Até que saiu um moço da cooperativa, e foi até o carro. Para ele, aquela cena não era estranha: abriu o porta malas e tirou as caixas de dentro. A mulherdocarrobege nem precisou descer.<br />
<br />
Nesse momento percebi uma menina do banco do passageiro, alheia a tudo que acontecia, com seu videogame portátil. E meu coração doeu um pouco mais. Senti pena da garota, que nunca vai saber o que é ter uma mãe de verdade. <br />
<br />
<br />
<br />
analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-20801005327902153732010-08-29T21:14:00.000-03:002010-08-29T21:14:40.752-03:00Selva de pedras<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div> Já disse por aqui que não sou das mais militantes ecológicas. Como carne, tenho cachorro morando em apartamento, freqüento zoológicos e até tenho um aquário.<br />
<div><br />
</div><div>Assim, como boa paulistana que sou, vivo bem em minhas contradições. Mas hoje, almoçando com meu pai na estrada, foi demais, até mesmo para mim. É triste perceber que a gente desacostuma com o verde. As plantas e os pássaros cantando de manhã não fazem parte do nosso cenário cotidiano. E toda vez que vou para o sítio, fico deslumbrada com essas coisas, feito criança. </div><div><br />
</div><div>E hoje, no meio da estrada, estava lá, em uma placa da concessionária, escancarando a nossa relação com o ambiente:</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPIV_9C_hi3PdUoCvkzAh2Y_supgmuFoHPQthBQHcMpNFBLYrN09acQnO0HZM45iFZGiEJ0CX1XWH1LiGTUmHKkycckgKVgP4UVzp1EWZnXHAPK4JAsNBSvriMEXbNTIXVDkeKYpGVO5A/s1600/Foto+0062.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPIV_9C_hi3PdUoCvkzAh2Y_supgmuFoHPQthBQHcMpNFBLYrN09acQnO0HZM45iFZGiEJ0CX1XWH1LiGTUmHKkycckgKVgP4UVzp1EWZnXHAPK4JAsNBSvriMEXbNTIXVDkeKYpGVO5A/s320/Foto+0062.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Não é filme de ficção!</td></tr>
</tbody></table><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Ok, também não sou nenhuma desalmada. Separo lixo, já ajudei cachorro abandonado na rua (dois!), não uso inseticida e até convivi com as pragas do meu aquário. Me senti em um filme de ficção científica de 2234, quando os seres humanos dilaceraram o planeta e passaram a viver em bolhas.</span></span></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br />
</span></span></span></span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">Puxa, uma aulinha de ambigüidade não faria mal para a ViaOeste, não?</span></span></span></span></div>analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-20014436079581886802010-08-04T19:53:00.000-03:002010-08-04T19:53:51.852-03:00Peixe frito<div style="text-align: justify;">Detesto correntes de email. Nunca repassei uma, nem de powerpoint com bichinhos fofinhos, muito menos "alertando" para um novo golpe no farol. E se tem uma coisa que eu odeio mais do que correntes de email são lições de auto-ajuda... </div><div style="text-align: justify;">Agora, se servem para alguma coisa é para alimentar assunto de bar. </div><div style="text-align: justify;">- Recebi um email esses dias sobre a pesca no Japão. </div><div style="text-align: justify;">- É mesmo? </div><div style="text-align: justify;">- É. É uma história de que os peixes japoneses ficam longe da costa e que os pesqueiros demoram para voltar e daí o peixe não está mais fresco. Então eles foram criando estratégias para "melhorar o produto": congelaram o peixe, não deu certo; colocaram um tanque no barco, não deu certo; e nada parecia dar certo. Os peixes sempre morriam antes de chegar a costa. Até que uma empresa X, resolveu colocar os pobres peixinhos em um tanque junto com um tubarão, e então, o tubarão passava a viagem correndo atrás dos peixinhos que chegam vivos (e alertas!), fresquinhos para o consumidor japonês.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Adivinhem sobre o que era esse email! Motivação... A "moral" da história era a seguinte: na vida a gente se acostuma e precisa de alguma coisa para continuar motivado. "coloque um tubarão no seu tanque e veja onde pode chegar". Pode? Será que alguém se sente mesmo motivado com essas coisas?</div><div style="text-align: justify;">Mas o que motivou a nossa conversa foi a crueldade com os bichos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">- Será que é verdade? </div><div style="text-align: justify;">- Claro que não - respondi. - nem pensar que isso é verdade.</div><div style="text-align: justify;">- Coitados dos peixes...</div><div style="text-align: justify;">- Não acontece isso não. se fosse verdade alguma ong de proteção aos animais já teriam protestado.</div><div style="text-align: justify;">- É, é verdade.</div><div style="text-align: justify;">- Claro, imagina só: pescar um tubarão só para manter os peixes frescos.</div><div style="text-align: justify;">- Puxa, não tinha pensado no tubarão...</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E nesse momento meu coração parou: me senti um peixinho que acha que é um tubarão.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">PS: encaminhem essa história para, pelo menos dez amigos!</div>analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-367316340687163034.post-92051337989014314902010-07-28T22:02:00.000-03:002013-09-06T20:17:52.445-03:00Diálogos com a minha irmã- Pára de inventar história, você não termina nada.<br />
- O que eu termino que eu não começo?<br />
<br />
E depois, um pouco mais tarde:<br />
- Você já tem muitos vícios, precisa parar com um.<br />
- Preciso cortar a unha?<br />
<br />
E não é que a gente se entende?!analuhttp://www.blogger.com/profile/04743959651445215742noreply@blogger.com1