Outro dia, voltando de umas cervejas com a Lu. Cada vez mais paranóica com a violência da cidade: vidros fechados, pé no acelerador...
- Não tenho nada...
- Mas abre o vidro um pouquinho? Só para conversar. - conversar, conversar...
Geralmente eu não abriria, mas sei lá, ando meio emotiva ultimamente... Abri. Antes que eu terminasse a fresta de 3 cm já pensava: "se esse cara me assaltar, eu vou me sentir a pessoa mais estúpida do planeta". Não foi nada disso.
- Olha moça, como as pessoas são mal educadas por aqui, não? Ninguem respeita mais ninguém.
Sorri. Amarelo. Na dúvida se fazia parte "daquelas pessoas por ali". Fazia, não?
- Então, sou soropositivo, não tenho emprego... Bla, bla, bla... uma moeda?
Achei um troco que estava no console do carro. Entreguei. E ele me deu um folheto de divulgação das atividades do Sesc. Agradeci, obrigada.
- E você tá achando que eu vou fazer a linha pedinte?! Pedinte , não! Divulgador cultural!!! Leve esse folheto.
Agradeci mais uma vez.
2 comentários:
Legal, Ana Luisa! Gostei do texto. Vc escreve muito bem. Beijos. Carlos.
ana!!
um beijo grande em vc.
só agora vi que vc havia me visitado ali. adorei o seu aquário!
Luana.
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